segunda-feira, 29 de junho de 2009

Ao Anjo

O seguinte texto é de minha autoria e foi extraído e um pouco modificado de um recado que acabei de deixar para um amigo no orkut.

“Estimado,
Sou portador de boas e más notícias:

No meu caso, houve um assalto, há algumas semanas - já não sei ao certo, pois a memória falha responde bem a certas situações.

Estava no ônibus indo para o estagio. Ressalta-se que estagio num órgão do poder Executivo do município de São Paulo. No resumo da história, eu fora abordado por um homem armado que me levara o celular e uns suados e merecidos trocados.
Como você mesmo fala, o assalto me trouxera, realmente, algo de positivo no íntimo.

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Porém, no continuar da história,  no último dia 19 fui assaltado novamente. No meu próprio bairro. Onde eu pensava fazer uma mínima diferença.
Um menino com pouco mais da metade dos meus 21 anos me levou outro aparelho celular. Este último, tinha pego emprestado da minha irmã de 12 anos somente para não ficar incomunicável para minha família e amigos da faculdade. 

Eis que se pôs em questão meus primeiros sentimentos. Pois passada a revolta do primeiro caso, viera uma calmaria e uma confiança muito gostosa em um futuro melhor. Um ânimo novo por não ter me ferido ou ter perdido algo mais valioso que o vil metal. Entretanto, após a diminuição de adrenalina deste último ocorrido e dadas as condições mencionadas, uma parte de ódio generalizado tomou conta de minha razão e sentimentos.
Como pudera? Como pudera?
Respostas me ocorrem, mas a vontade de ignorál-as se faz tão presente em mim (e na massa) que continuo:
Como pudera?

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Mas afinal, em meio a dúvidas cruéis e ao mesmo tempo louváveis, por serem motrizes do mundo, fica a lembraça de que não há obrigação e necessidade maior que a fé. E que a caridade para sempre será o mais difícil troféu a ser doado.

ABRAÇAUN'S! IRMÃO ANJO!
ABRAÇAUN'S... ‘SÓ ME RESTA ESPERAR’ “

O MUNDO SE REFLETE NO SEU QUINTAL. ESPIE COM CUIDADO PELA FECHADURA

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Um comentário:

  1. Caio,
    Compartilho de sua revolta, tenho medo de andar no meu próprio bairro, sou refém do medo.
    Que um dia isso possa mudar, enquanto isso... FÉ.

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